Pensamento do Dia: "Não posso concordar com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las" - Voltaire

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um poema de Fernando Pessoa

Estou de volta, e desta vez trazendo um poema para meus leitores apreciarem- Não é de minha autoria, mas que talvez ainda faz sentido publicá-lo. Trata-se de Lisbon revisted, Álvaro Campos um heterônomio de Fernando Pessoa um outro, "eu" do autor que tinha em si, essa fama de multiplicar, de desdobrar-se em poetas imaginários para poder tratar de diversos assuntos.
Posso assim dizer que a escolha deste cujo poema para virar post no Blog Seu Gleice, não foi feita por acaso de uma hora para outra. Sua preferência dá-se justamente por sua essência, o que ele tem á nós passar através de palavras, mostrando o homem moderno(eu, e você) com suas neuroses e obsessões, sua consciência de ser fragmentado e de viver em um mundo, uma sociedade preconceituosa, com seus valores cada vez mais confusos ao qual temos a seguir para sentir parte dela, e o autor tenta á todos os custos abominá-los. Parecendo um louco diante dos outros por tentar mostrar que todos nós vivemos em uma gigantesca prisão cercada por as constantes pressões que somos submeditos, em um sentido forçados a aceitar como uma maneira de inclusão na nossa sociedade moderna.
Então desejo á todos uma ótima leitura desse excelente poema e que o mesmo possa apartir de hoje fazer parte de sua visão sobre o mundo em que vivemos. Boa Leitura!


Lisbon revisted


Não: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!

Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências( das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu  aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso só um doido, com todo direito a sê-lo.
Com todo direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, pelo amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou, deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que haveremos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto de quem me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada querem que eu seja da companhia!

Ó céu azul - o mesmo da minha infância -
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quantos 7 de setembro ainda virão

O nosso país festeja hoje o 7 se Setembro, uma data marcada na nossa história, após o grito que nós livrou do domínio soberano de Portugal, um gesto feito ás margens do rio Ipiranga pelo o nosso lendário herói Dom Pedro I.
 Todos os brasileiros não aguentavam mais ficarem aprisionados as garras dessa tirania, que só viam o nosso país como fonte de exploração e renda para garantirem os seus próprios desejos e anseios. Agora passados exatos 188 anos, que aconteceu esse episódio em um longiguo 7 Setembro de 1822, os brasileiros vibram com todo o seu teor essa vitória com orgulho estampado no peito e os olhos brilhando de alegria por esse grande salto de revolução na sua história. Mal saímos dessa festa cívica que comemoramos nossa "indepêndencia", anúncio o três de Outubro batendo a porta para mais um ato de democracia, onde nós, os brasileiros vamos ás urnas decidir através do voto livre, soberano e talvez "secreto" quem governa-rá o nosso país, é onde novamente pegamos a espada de Dom Pedro que ainda não foi embainhada, e gritamos Indepêndencia!. Essa palavra tão forte que soa aos nossos ouvidos com um certo ar de inquietação, povoa nossa concepção que somos totalmente livres, independentes e temos o real poder na mão para votar consiente, ou será pura demagogia? O ato por se só não de ter o direito de votar não garante que se realmente um povo seja livre de verdade apenas porque tem liberdade de decidir sobre quem deve governá-lo, é só lembrar que tem país governado por ditadores, pessoas que age através de seus preceitos para o seu próprio bem comum e o povo foi que escolheu para ser seu representante, então parece que essa poderosa arma de maior invenção do gênio humano não é usada como se deveria de forma consciênte. Não vamos muito longe o Brasil é um país que ainda tem os juros mais altos do mundo, e  quantas vezes somos diariamentes surpreenditos com notícias de violência que só parece piorar a cada dia, bandidos aí soltos no meio da sociedade sem punição alguma por não termos uma lei forte e firme que seja cumprida e ficamos a cada dia entristecidos por não consequir acreditar em justiça e em ninguem, e o pior,  somos forçados pela a própria sociedade moderna encarar tudo isso de forma bastante normal sem nós incomodarnos nem um pouco com as suas causas e conseguências, suas origens, e  tudo isso está relacionado de certa forma ás nossos governantes que após se elegerem viram as costas para o eleitorado e esquecem de suas promessas profanas que faziam soar em tempos eleitorais, e pensam só em seus desejos e engrandecer sua popularidade, parece que o povo ainda não são livres ainda não sabem votar.
 Parece que a consolidação de sermos independentes não foi atingido após o grito de Dom Pedro, e até lá ainda virá muitos 7 de setembros virão.

Até a próxima!
  

domingo, 5 de setembro de 2010

Lançamento de Livro Sobre a Emancipação Política de Forquilha


Olá amigos leitores, novidades para a história forquilhense!
A Emancipação Política de Forquilha(Foto ao lado) é o tema do novo livro de Aberlado Cavalcante.
Abelardo Cavalcante de Vasconcelos, lançou, no dia 29 de agosto, no Centro de Artes e Cultura de Forquilha (Espaço Cultura), na Praça Mocinha Viana. A noite de autógrafos foi das mais prestigiadas, reunindo autoridades locais, familiares e amigos, professores e estudantes, com uma grande representação da comunidade forquilhense.

Sobre a obra e o autor falaram seu filho primogênito Célio Cavalcante; seu neto Raul Stênio; o advogado e professor universitário Rildson Magalhães Martins; o secretário de Cultura e Turismo, Luiz Carlos Gomes Silva; e o prefeito Edmundo Rodrigues. Todos enalteceram a coragem e o dinamismo do senhor Abelardo Cavalcante, patriarca da emancipação política de Forquilha, que com seus 81 anos de idade ainda traz o espírito de homem público e lança mais um livro que conta fatos enriquecedores da história do povo forquilhense.
Também estiveram presentes, dentre outros convidados, o presidente da Câmara Municipal, Otalício Guimarães Loiola, acompanhado dos vereadores Eliézer Siqueira e Raimundo Lira Pessoa; monsenhor Gonçalo de Pinho Gomes; Gerlásio Martins; secretários municipais Eveline Rodrigues; Davez Loiola; Nazaré Siqueira e Joab Aragão.
O evento contou ainda com a presença de membros da Campanha de Emancipação Política de Forquilha: Onélio Gomes Araújo, Raimundo Saraiva de Sousa e Joaquim Carneiro Neto; de funcionários do DNOCS, tendo à frente Joaquim Ferreira dos Reis e José Amaro; representação da Maçonaria; estudantes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Faculdades INTA e Universidade Federal do Ceará (UFC).
Durante seu pronunciamento, o escritor Abelardo Cavalcante de Vasconcelos agradeceu as palavras sobre o seu livro, enfatizando, com muita lucidez, alguns fatos históricos. Disse que o livro é mais uma contribuição para os professores, os estudantes, os jovens e a população em geral, para que todos conheçam a história do Município e a luta pela emancipação política, quando Forquilha deixou de ser distrito de Sobral.
Um pouco sobre o autor:

No dia 7 de julho, Abelardo Cavalcante de Vasconcelos completou 81 anos. Abelardinho, como é conhecido, foi o idealizador da campanha de emancipação política de Forquilha. Com a primeira eleição municipal em 1986, teve o seu trabalho reconhecido com o cargo de vice-prefeito. Mais tarde foi eleito vereador. Ocupou várias atividades no Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e foi chefe do Posto Agrícola.
Historiador, ele é autor de três livros sobre o Município: Forquilha – Origem e Evolução (1983); Forquilha – de Sítio a Município (1986); e Emancipação Política de Forquilha (2010).
Em breve estarei postando a resenha do livro para que todos os que não tiveram a oportunidade de obter o livro possam saber um pouco mais sobre a história de nosso, como o próprio autor diz em seu livro, torrão natal.
Até.